A prisão de Jesus; a covardia dos aprendizes
A PRISÃO DE JESUS – Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:47-53; João 18:2-12
Judas, o traidor, conhecia bem aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunia ali com os seus aprendizes. Então ele se dirigiu ao olival, levando consigo um destacamento de soldados e alguns guardas enviados pelos chefes dos bispos e religiosos. Era noite, então eles levavam tochas, lanternas e armas. Sabendo tudo o que ia acontecer, Jesus saiu ao encontro deles e perguntou:
– A quem vocês estão procurando?
– A Jesus de Nazaré – responderam eles.
– Sou eu – afirmou Jesus.
Ao ouvirem a resposta de Jesus, eles recuaram e caíram por terra. Novamente Jesus perguntou a eles:
– A quem procuram?
E eles disseram:
– A Jesus de Nazaré.
Jesus insiste:
– Já disse para vocês que sou eu. Se vocês estão me procurando, deixem ir embora os que estão comigo.
Isso aconteceu para que se cumprisse a previsão: “Não perdi nenhum dos que você me deu”. Judas havia combinado um sinal de denúncia com eles:
– Quem eu cumprimentar com um beijo, é ele que vocês devem prender.
Dirigindo-se a Jesus, Judas disse:
– Olá, mestre!
E o beijou, cordialmente.
Mas Jesus rebateu:
– Judas, como você pode fazer isto, trair o messias com um beijo?
Quando os outros discípulos viram o que estava para acontecer, reagiram:
– Mestre, podemos lutar? Temos facas!
Pedro avançou contra o assistente do bispo chamado Malco, cortando sua orelha direita. Jesus contestou:
– Não resistam mais.
E tocando na orelha do homem, a restaurou. Em seguida, voltou-se a Pedro:
– Guarde a faca! Todos os que empunham a faca, pela mesma faca vai perecer. Por acaso vou ser poupado da tarefa que o Pai me deu? Você acha que eu não posso pedir a meu Pai e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze grupos de anjos? Mas como então se cumpriria o Livro dos Judeus, que prevê que as coisas deveriam acontecer desta forma?
A COVARDIA DOS APRENDIZES
Jesus dirigiu-se aos sacerdotes supremos, aos capitães da guarda do templo e aos líderes religiosos:
– Será que eu estou chefiando alguma rebelião? Para que então vocês me prendem com facas e paus? Todos os dias eu ensinava no templo e vocês não me prenderam!