Episódio 15
A confusão no templo
O EPISÓDIO DOS CAMBISTAS NO TEMPLO – João 2-13-25; Lc 3:23
Ao iniciar seu projeto de vida, Jesus tinha uns trinta anos.
Estava chegando a comemoração anual da Páscoa judaica quando Jesus decidiu ir à cidade de Jerusalém para participar da festa. Quando chegou lá, viu no pátio do templo um monte de comerciantes vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros sentados diante de mesas cambiando dinheiro. Jesus ficou muito inconformado com a cena mercantilista, fez um chicote de cordas e enxotou todos para fora do templo, pedindo que levassem os seus animais. Em seguida, espalhou as moedas dos cambistas virando as suas mesas. Aos comerciantes que vendiam pombas bravejou:
– Tirem essas tranqueiras daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um comércio!
Seus aprendizes, então, lembraram-se do que está escrito sobre essa atitude: “O respeito pela Tua casa vai me tirar do sério”.
Inconformados com essa atitude drástica de Jesus, os judeus o questionaram:
– Que sinal miraculoso o senhor pode nos mostrar como prova da sua autoridade para fazer essa desordem?
– Vou mostrar para vocês. Destruam esse templo que eu o reconstruo em três dias.
Os judeus não acreditavam no disparate que acabaram de ouvir:
– Como assim? Esse templo levou quarenta e seis anos para ser construído e o senhor diz que pode construí-lo em apenas três dias?
Mas o templo ao qual Jesus se referia era uma figura de linguagem que se referia a seu próprio corpo. Esse episódio e essas palavras seriam relembradas por seus aprendizes tempos mais tarde.
Depois de expulsar os comerciantes do templo em Jerusalém, ele curou os cegos e os mancos. Os bispos e os mestres da Lei dos Judeus ficaram indignados quando viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia. As crianças gritavam no templo: “Viva o Filho de Davi”. Eles instigaram:
– Você não está ouvindo as bobagens que estas crianças estão dizendo?
Respondeu Jesus:
– Sim, vocês nunca leram que é da boca dos recém-nascidos e das que amamentam que sai a verdade?
Os bispos e os mestres da Lei dos Judeus ouviram essas palavras e começaram a procurar uma desculpa para matá-lo, porque tinham medo da influência que ele exercia sobre o povo, que estava fascinado com o seu ensino. Ao cair da tarde, Jesus e seus aprendizes foram novamente para Betânia, onde passaram a noite.